Você já ouviu falar em iluminação zenital? Você com certeza já viu! É um artifício da arquitetura para se referir à luz natural que vem do céu (zênite) e é garantida por meio de pequenas ou grandes aberturas criadas na cobertura das construções.
Indicada para residências e ambientes comerciais, a iluminação zenital evidencia um apelo estético muito interessante e traz benefícios ao projeto. “Além de trazer uma elegante entrada de luz, arquitetonicamente falando, deixa o projeto muito mais charmoso”, defende a arquiteta Isabella Nalon.
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Primeiramente, a luz natural promove bem-estar às pessoas e valoriza a arquitetura da casa. Junto com a abundante claridade, há a oportunidade de uma obra mais sustentável e com economia no consumo de energia elétrica, já que a iluminação zenital diminui a necessidade de luz artificial nos ambientes.
Por fim, a iluminação zenital é mais indicada para ambientes de menor permanência. Ou seja, em projetos residenciais, é recomendada para cômodos como hall de entrada, banheiros, corredores e pátios internos.
Cuidados para apostar na iluminação zenital:
É preciso analisar com atenção alguns detalhes antes de começar um projeto com o elemento construtivo. Por exemplo, o tipo de iluminação, a posição da obra em relação ao sol e o material a ser aplicado influenciam diretamente no resultado.
Além disso, deve-se o tamanho da abertura, já que a maioria dos modelos de iluminação zenital pode impactar diretamente no aumento da temperatura do ambiente. O projeto também deve viabilizar o acesso à cobertura da casa, já que periodicamente devem ser realizadas manutenções e limpezas, pois a sujeira acumulada prejudica a entrada de luz.
Para o piso, a arquiteta recomenda optar por revestimentos que não esquentam, como os porcelanatos, pois contribuem para propagar a luminosidade que chega ao ambiente.
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Tipos de iluminação zenital:
Para iluminar o corredor e eliminar a sensação de espaço estreito provocada pela sua extensão
Existem diversos tipos de iluminação zenital, cada uma com suas vantagens e formas de utilização. Veja as diferenças entre os modelos:
Claraboia:
O termo é empregado para exemplificar as aberturas horizontais posicionadas em diversos tipo de cobertura. Este tipo de iluminação zenital libera a entrada direta de luz natural no interior dos ambientes. Geralmente traz como vedação o vidro, variando entre modelos translúcido ou leitoso. Outro material empregado é a chapa de policarbonato. No entanto, a escolha requer parcimônia, pois favorece o aumento da temperatura interna dos cômodos. “Antes de decidir, precisamos considerar a posição na planta e o ambiente onde será aplicado”, detalha Isabella.
Claraboia tubular:
Pode ser instalada tanto com cobertura horizontal como inclinada. A diferença com a claraboia tradicional está na possibilidade de instalação em telhados e forros por meio de um sistema de reflexão, em que a luz é transmitida em meio aos tubos e chega ao interior do ambiente, variando a intensidade da luz dependendo do material e dimensões adotadas. É uma ótima solução para comércios e indústrias.
Telhas translúcidas:
A mais simples dentre as opções não pede grandes reformas e adaptações. Comumente são feitas sob medida com materiais como policarbonato, vidro ou acrílico. Seu uso deve ser dosado de acordo com a necessidade de luminosidade do ambiente, uma vez que ela apresenta mais aquecimento.
Cúpula:
Sendo a iluminação zenital com maior alcance de iluminação, é indicada para ambientes maiores e comerciais com grandes pés direto ou de pouca permanência, como corredores, halls ou pátios centrais, uma vez que, com a dimensão exigida, os raios solares invadem o ambiente, aumentando a temperatura interna.
Lanternim:
São aberturas que se sobressaem à cobertura com duas faces opostas envidraçadas, fornecendo iluminação e ventilação cruzadas. Seu uso é indicado para residências e comércios e, sempre que possível, deve ser disposto com aberturas no sentido norte-sul, a fim de receber menos raios solares diretamente sobre o ambiente.
Shed:
Utilizado em edifícios industriais e galpões com coberturas metálicas, tem o formato de dentes de serra com uma inclinação que possibilita mais entrada de luz. Para melhor resultado, a dica é posicionar as aberturas para o sul ou para as fachadas com menor incidência de sol. Desta forma, a luz entrará no ambiente de forma indireta, apenas iluminando e sem aumentar a temperatura.
Átrio:
Por seu poder de iluminação, é indicado para fábricas e indústrias. Posicionado no centro da edificação em formato geométrico e piramidal, é construído em perfis metálicos e vedação de vidro. Por ter uma grande incidência de luminosidade e retenção de calor, é indicado para ambientes altos ou com mais de um pavimento.
Processo de instalação:
Para a instalação de iluminação zenital em edificações já existentes, é necessário consultar um profissional de arquitetura ou engenharia para avaliar a possibilidade de alteração, viabilidade e se as aberturas devem levar em consideração a estrutura e o tipo de laje utilizada no projeto.
“Caso o telhado da edificação seja composto por telhas, é possível realizar a troca pelo material translúcido. Retira-se algumas das telhas originais para dar lugar à estrutura e o material de vedação, que fica aproximadamente 50 cm mais alto do que a superfície do telhado”, relata a profissional.
Para edificações novas, a iluminação zenital é prevista ainda na planta, permitindo diversas variações e dimensões. Os vãos de abertura da iluminação zenital são moldados na construção do telhado ou da laje. Em seguida, após a concretagem, é instalado o material de vedação – fundamental para evitar vazamentos.
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Materiais indicados:
Na maioria das vezes, é utilizados vidro translúcido ou leitoso, mas também é possível a utilização de policarbonato e acrílico. O vidro, apesar do custo mais elevado, é o mais indicado devido à sua alta resistência, melhor desempenho térmico e, em algumas situações, até para segurar a entrada dos raios solares diretamente sobre o ambiente.
Por fim, policarbonato e acrílico são materiais mais acessíveis, porém com uma resistência mediana às reações climáticas como chuvas e ventos.
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